Sobre o Inumeráveis

Elisabete Maria Calgarotto Sanches

1967 - 2020

Enfrentava a vida com alegria. Seu imenso sorriso iluminava e aquecia o coração de todos.

Esta é uma carta aberta do sobrinho Thomas para sua tia, Elisabete.

"O sol se pôs mais vez, como sempre faz.
Porém, dessa vez, parecia não ter mais forças para voltar no dia seguinte.
E o sol não nasceu nesta manhã: simplesmente se esqueceu, deu as costas, como se tivesse um lugar melhor para ir.
Mas o sol, por si só, decidiu que de agora em diante ficaria dentro de cada um de nós, dentro do coração daqueles que não se esquecem do seu imenso sorriso e alegria, mesmo enfrentando muitas dificuldades.
Mesmo tendo partido — e como se fosse um sol — a Elisabete, ou Bete, decidiu deixar um pedacinho de si dentro do nosso coração.
Mesmo sem seu calor, ficou uma fagulha de esperança, e essa esperança significa que independentemente da fé de cada um, ou até mesmo na ausência de fé,
Que seja renascendo...
Que seja no Céu esplendoroso...
Que seja no Paraíso...
Que seja em pensamento...
Ou que seja no futuro próximo ou distante...
Nos veremos de novo.
Obrigado, Elisabete, por nos ter iluminado com sua vida.
Por mais que estejamos em uma noite escura, sabemos que o sol nascerá e que sentiremos o seu calor mais uma vez; dessa vez pela eternidade."

Elisabete nasceu em Mauá (SP) e faleceu em Jaboticabal (SP), aos 53 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo sobrinho de Elisabete, Thomas Willian Galgarotto Fumagalli. Este tributo foi apurado por Gabriela Pacheco Lemos dos Santos, editado por Thomas Willian Galgarotto Fumagalli, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 21 de julho de 2021.