1961 - 2021
Conhecida como "a querida", ela tinha duas paixões: cuidar das pessoas e ouvir o Rei, Roberto Carlos.
Se existiu alguém capaz de transbordar amor e cuidado nas suas atitudes, essa pessoa era a Dona Beth. Nascida na mineira Barbacena, o seu talento para cuidar de pessoas foi um dos motivos para que trabalhasse na área da saúde, como Técnica em Patologia Clínica.
Beth trabalhou em laboratórios por toda a vida; sempre se dedicava aos plantões clínicos e ajudava a prover o sustento de sua família enquanto cuidava também de Geraldo, seu marido, que sofria de doenças cardíacas e faleceu durante a gravidez da filha Liliane.
Dona Beth contou com a mãe, Dona Nelly, para ajudar a cuidar de seus filhos: Rafael, Liliane e Yasmin. As duas eram muito unidas e quando a mãe recebeu o diagnóstico de Alzheimer, Beth, mais uma vez, assumiu a missão de cuidar de alguém que amava. Saiu do seu emprego e dedicou-se integralmente aos cuidados de Dona Nelly.
Incentivou a filha e a sobrinha a estudar e trabalhar, com excelência e garra, como ela fez por toda a vida. “Ela sempre foi meu maior exemplo; eu me espelhei nela e me formei em Biomedicina; minha prima, Liliane, em Biologia”, conta Christiane.
Sempre alegre e carinhosa, era chamda de “a querida” por onde passava; para a família, seu apelido era “Cuchorrinho Beth”. A sua alegria estava presente nas reuniões de família e cada momento era especial quando ela estava junto. O Natal era um momento ainda melhor! Era quando ela cozinhava a farofa especial e a salada tropical para as pessoas que amava.
Fã "número zero" do Roberto Carlos, nasceu no mesmo dia que o Rei. “No seu último aniversário, Deus me deu a oportunidade de deixá-la feliz pela última vez: indiquei-a para dar uma entrevista ao jornal da região falando sobre seu ídolo”, conta Christiane. “Mesmo após o desencarne, ela não sumiu. Está ainda mais visível para nós. No almoço de domingo, com música brega do Roberto Carlos; os filhos implicavam com ela sobre as músicas, e mesmo assim, aprenderam a cantar todas para poder pegar no pé dela”, conta a filha, Liliane.
Vinte e um dias após o falecimento da mãe Dona Beth foi encontrá-la, para que seguissem juntas, como estiveram em vida. Deixou bondade e muitos bons momentos nas lembranças de cada um que a amou e conviveu com ela, como as filhas Liliane e Yasmin, a sobrinha Christiane, o filho Rafael, a amiga Marilene e todos aqueles que amaram “a querida”.
A mãe de Dona Beth também foi uma das vítimas da Covid-19. Você pode conhecer mais sobre a história dela acessando a homenagem a Nelly Garcia de Paiva Oliveira neste Memorial.
Elizabeth nasceu em Barbacena (MG) e faleceu em Barbacena (MG), aos 60 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha e pela afilhada de Elizabeth, Liliane Paiva Oliveira Dinalle e Christiane Garcia. Este tributo foi apurado por Aline Mariane Fernandes, editado por Aline Mariane Fernandes, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 6 de dezembro de 2022.