1965 - 2020
Dona de cabelos impecáveis e da risada mais gostosa do mundo.
Todos conheciam a sorridente cozinheira por "Li". Até seus filhos a chamavam pelo carinhoso apelido.
Eles eram, com certeza, sua grande paixão: Devid, que foi sorrir lá no Céu, Diego e Daiana.
Mulher forte e cheia de amor, tratava filhos, irmãos e sobrinhas com muito carinho. Sempre mandava mensagens para saber como estavam.
Preocupava-se com as pessoas ao redor e ajudava todos que precisassem dela. Sem pedir nada em troca, só pelo prazer de ver a pessoa conquistar o que queria.
Certa vez, seus sobrinhos estavam brincando e ela juntou-se a eles. A brincadeira era aquela famosa, a do copo, que informa qual vai ser o seu destino. Quando chegou a vez de sua sobrinha, Camila Rocha, carinhosamente chamada de Caca, o copo "passou" uma informação que fez a garotinha chorar muito, insinuando que perderia a tia. Sorrindo como sempre, tia Li consolou e tranquilizou a menina. Achou até graça no choro preocupado da criança. “Sempre que me via, ela se lembrava disso e eu chorava muito. Ela me abraçava e sorria”, conta Camila.
Estava sempre feliz e sorrindo, com os cabelos cuidadosamente arrumados (ela amava ter os cabelos arrumados!).
Suas últimas palavras demonstraram o eterno cuidado com a família: pediu para cuidarem dos seus filhos e netos.
Temente a Deus, Elisabeth é agora, literalmente, uma mulher de Deus.
Elizabeth nasceu em São Paulo e faleceu em Cotia (SP), aos 54 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela sobrinha de Elizabeth, Camila Rocha. Este texto foi apurado e escrito por Marilza Ribeiro, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 10 de setembro de 2020.