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Elvira Martucci Alves

1935 - 2020

Seu sorriso fácil combinava com o aroma dos bolinhos de açúcar e canela que preparava, recheados de carinho.

Bolinhos fritos envoltos em açúcar e canela, os "sufritos", eram a escolha de Elvira para agradar aqueles a quem ela tanto amou. Não que fosse necessário, mas é que o cheiro delicioso dessa iguaria se misturava tão bem ao seu sorriso e presença, que logo algo simples se transforma em um evento.

Filha do senhor Miguel e de dona Luzia, e irmã de onze, Elvira falava e cuidava da família com muito orgulho. "Era a primeira a correr quando alguém precisava. Ia e ficava até tudo se restabelecer", lembra a sobrinha Aurea.

Elvira, tia Elvira, Elvirinha. Ela, que também era mãe, avó e bisavó, podia ser chamada de diferentes formas, mas a resposta era uma só: alegria, carinho e "aquele abraço apertado que sacudia" qualquer um!

O afago vai fazer falta para aqueles que tanto gostariam de seguir em sua companhia, mas as lembranças daquela que celebrou a vida com sorriso fácil, abraço caloroso e muito afeto hão de acalentar os corações.

Também se espera que todo o amor revelado por meio dessas linhas seja recebido como uma merecida homenagem porque, nas palavras da sobrinha Aurea, "sua presença não poderia passar sem uma cerimônia à sua altura".

Elvira nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em Guarulhos (SP), aos 84 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela sobrinha de Elvira, Aurea de Oliveira. Este tributo foi apurado por Millena Gama, editado por Larissa Reis, revisado por Lícia Zanol e moderado por Rayane Urani em 13 de junho de 2020.