1932 - 2021
Aos domingos reunia a família sob o pé de manga para se deliciarem com a galinha a cabidela que preparava.
Este é um poema escrito pelo neto Daniel para sua querida avó:
Dona Elza
Era a mulher incrível
Que contava histórias
Em versos cantarolados
Chorava sorrindo
E parecia não conhecer a tristeza
Era a felicidade em pessoa
E dona de um coração bondoso sem igual
Tinha o dom especial
De se fazer presente em tudo e em cada detalhe
Coisa só possível
Para quem sabe se entregar de forma incondicional
Gostava das festas e de fotos
Para elas se fazia arrumada, linda e perfumada
Assim como as flores que tanto amava
As rosas vermelhas, em especial
Tornava seus os sonhos dos outros
Tomava para si os problemas a fim de resolvê-los
Tinha sempre o que dar
Pois amava presentear
Esposa, mãe, avó e bisa
Sua alegria estava na família reunida
Para dividir boa comida: macarrão, arroz e feijão verde
E apreciar um cafezinho quente
Elza
Que falava de amor
Para filhos, netos e amigos
Era o próprio amor.
Elza nasceu em Goianinha (RN) e faleceu em Recife (PE), aos 88 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo neto de Elza, Daniel Gadelha. Este tributo foi apurado por Thyago Soares, editado por Marina Machado Pereira Lins, revisado por Fernanda Ravagnani e moderado por Rayane Urani em 8 de agosto de 2021.