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Ermano Carlos de Oliveira Codato

1979 - 2021

Gostava de andar de kart, e sentir a adrenalina tocar a sua alma livre.

Na infância em Engenheiro Beltrão era conhecido na vizinhança como “Tiquinho”, pois era muito magrinho. Menino muito querido e educado, que se tornou um homem honrado, com princípios que moldaram positivamente o seu caráter.

Gostava de se aventurar, andar de kart, gostava de reunir os amigos e tomar uma cervejinha com um bom churrasco. Amava cantar a sua música preferida: "Morena Tropicana" do Alceu Valença, fechava os olhos e deixava o ritmo o contagiar.

Sempre prezou pela família. Seus avós tinham uma máquina de arroz e ele ajudava no processo de descascar os grãos e vender. Quando o avô querido faleceu, ele resolveu mudar-se para Rondônia, no auge dos seus 22 anos, e morar com o pai, passando a trabalhar com transporte e venda de tratores. E como o destino é perspicaz...

Em 2003 teve o seu primeiro filho, José Rafael. Em Rondônia avistou Tulany em uma lanchonete, pediu ao garçom que repassasse um recado, queria o número dela e parecia que o destino já estava traçado. "Expliquei que eu estava sem celular. Um tempo depois, o mesmo garçom voltou com o celular do Ermano e me entregou. Foi quando ele pegou o celular do amigo dele emprestado apenas para falar comigo." - Lembra Tulany

Logo começaram a namorar e em dois anos se casaram, e, desse amor nasceram Maria Clara, Giovana e José Neto. A sua família sempre foi o seu amor maior. Ermano foi luz, foi segurança e proteção.

Ermano nasceu em Engenheiro Beltrão (PR) e faleceu em Ji-Paraná (RO), aos 41 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela esposa de Ermano, Tulany Patrícia Ferraz. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Leiana Isis Oliveira, revisado por Luana Bernardes Maciel e moderado por Rayane Urani em 15 de dezembro de 2021.