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Eugênio Kojunski

1949 - 2021

Duas coisas eram muito importantes durante o seu dia: o chimarrão e o seu rádio de pilha.

Ele não era apenas o Tata, Tio Neno, Genho, Neno; foi tudo isso e muito mais!

Sua chegada em casa era sempre anunciada pelo ronco do seu caminhão quando estava a quatro ruas de casa — tão singular e tão diferente era o ruído, como ele mesmo era.

Muito ativo, estava sempre trabalhando em alguma coisa, mas do que mais gostava mesmo era de plantar, mexer na terra, na horta, e se perdia nas horas fazendo aquilo que gostava.

Simples, humilde e dono de uma simpatia enorme, era pai, avô, tio, amigo, conhecido por muita gente.

Quando a esposa se foi, no ano de 2020, grande parte da sua alegria foi-se também, mas ele seguia com as coisinhas dele. Conservava o paiol onde guardava tudo que achava que poderia usar um dia, trabalhando como sempre fez, sem pedir ajuda; orgulhoso que era, se virava.

“Gostava de contar causos. Era um desses senhores velhinhos que a gente tem vontade de apertar. Quanta saudade fica, quantas lembranças e ensinamentos! A Deus nossos agradecimentos pela passagem dele na Terra e nas nossas vidas!”, despede-se a sobrinha Jaqueline.

Eugênio nasceu em Laranjeiras do Sul (PR) e faleceu em Laranjeiras do Sul (PR), aos 71 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela sobrinha de Eugênio, Jaqueline Penteado dos Santos. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Vera Dias, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 9 de janeiro de 2023.