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Everton Gonçalves dos Reis

1980 - 2021

Apelidado de soldadinho ainda na infância, trabalhava como Policial Civil enquanto estudava para ser delegado.

Neto mais velho dos avós maternos, Everton era chamado carinhosamente de "soldadinho" pelo avô, porque demonstrava desde cedo o sonho de ser policial.

Estudioso, trabalhador e inteligente, já havia passado em concursos para a Polícia Militar, o Ministério Público e a Polícia Civil, todos do Distrito Federal, e foi neste último que se firmou até o seu falecimento, embora continuasse estudando para realizar o sonho de se tornar delegado.

Era admirado no trabalho por ser extremamente educado e diplomático. Na delegacia, costumavam chamá-lo quando havia alguma ocorrência conflituosa, pois ele sempre conseguia apaziguar facilmente a situação.

Sua prima Tatiane admirava o afinco com que ele se dedicava aos estudos e conta: “Toda vez que visitava a minha tia, lá estava ele, agarrado às apostilas, estudando e lendo. Um dia, perguntei: 'Everton, você continua estudando'? E ele respondeu: 'Claro que sim, Tati... não podemos parar'! Definitivamente, desânimo não fazia parte da vida dele"!

Ele era casado com a Bruna, sua primeira namorada. Os dois se conheceram na Igreja, e ficaram juntos por dezesseis anos, até sua partida. Everton era um marido extremamente dedicado à esposa e ao bem-estar dos filhos Luiz Felipe e Murilo. Ele os educava com autoridade, ensinava valores, era firme com relação as suas responsabilidades, mas não deixava o carinho e a parceria de lado.

Everton era um excelente rapaz, caseiro e sem vícios, que vivia em prol da família e de levar a Palavra de Deus às pessoas. Apesar de reservado, tratava a todos com muita amabilidade. Tinha muita sede de viver e de servir ao Senhor.

Aos domingos, era a presença mais aguardada pelo avô, principalmente quando havia jogo de futebol. Suas comidas prediletas eram peito de frango e macarrão, este imprescindível toda vez que se reunia com a família.

Tatiane é pródiga em ressaltar as qualidades do primo: “O que eu mais admirava no Everton era a sua calma e a sua paciência. Nunca ouvi o Everton falar mal de alguém nem utilizar palavras de baixo calão. Nós sempre lembramos dele com muito carinho. Ele faz uma falta imensa! Foi um grande filho, marido, pai, irmão, primo, neto e, principalmente, um ser humano ímpar, que nunca fazia diferenciação entre as pessoas”.

“Menino prestativo, todo mundo gostava dele. Após a confirmação de seu falecimento nas redes sociais, a família e os amigos receberam inúmeras mensagens exaltando o quanto Everton era especial, honrado e bondoso.”

“Exemplar do começo ao fim, uma falta imensurável para todos”, finaliza ela.

Everton nasceu em Gama (DF) e faleceu em Gama (DF), aos 40 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela prima de Everton, Tatiane de Paula Branquinho Souza. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Vera Dias, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 20 de março de 2023.