Fabiano da Silva Rodrigues

1974 - 2021

Quando ouvia pagode saía pela casa cantando e tocando uma tampa de panela.

Durante vinte e três anos ele trabalhou na Guarda Civil Municipal da cidade gaúcha de São Leopoldo, onde era muito querido por todos. O que seus amigos e colegas mais se recordam e comentam são as suas histórias e sua facilidade em fazer rir. Muito alegre, ele não só contagiava seus conhecidos, mas também o seu bem mais precioso: a família.

A filha, Helen, conta que Fabiano sempre foi uma referência. Revelando sua admiração, ela se lembra de cada detalhe sobre o pai coruja, engraçado e parceiro. “São tantas as lembranças boas que eu nem sei por onde começar. Uma muito engraçada que tenho é de quando tocava no rádio a música “Na minha aba”, do Alexandre Pires, e eu saía com ele pela casa 'tocando' uma tampa de panela — sempre fomos pagodeiros”, conta.

Além das cantorias com a filha, ele também tinha muitos hobbies. Amante da natureza e da pesca, Fabiano acabou passando um pouco dessas preferências para Helen. Segundo ela, o pai gostava de muitas outras coisas e uma delas era relacionada ao esporte: “Seu esporte favorito era o vôlei. Quando ele era mais novo participou de campeonatos e ganhou várias medalhas”, destaca.

A filha, ainda revela que no bairro onde moravam ele tinha um apelido curioso — B.A. — e que poucos sabiam que se tratava de um dos protagonistas do filme Esquadrão Classe A. Contudo o que importa é que ele era uma pessoa que estava sempre disposto a ajudar, sem medir esforços.

“O legado que ele me deixou é o de aproveitar a vida ao máximo, procurar fazer tudo o que se gosta, sem pressa, sem se preocupar com o dia seguinte e sorrir, apesar das dificuldades”, conclui a filha.