1972 - 2021
Introvertido e sério, não economizava na alegria e nos sorrisos quando estava inspirado.
Nas horas vagas, a atividade preferida de Fernando era a pesca. Ele tinha seu próprio barco a motor para pescar à vontade. Havia descoberto também uma nova modalidade e comprou até um caiaque. Assim, podia sair sempre que possível para curtir um tempo para si mesmo, para seus hobbies e também descansar um pouco, afinal era um profissional bastante ocupado com as questões da empresa familiar onde atuava como mecânico.
Estava sempre pronto para todos, a qualquer momento. Tinha mania de brincar e de tirar sarro de todo mundo que tinha intimidade. "Mas quando falavam dele, ele ficava uma fera. Chegava ser engraçado", conta Décio que viveu várias histórias engraçadas ao lado do irmão e diz ainda: "Ele sempre foi muito brincalhão, às vezes era turrão, mas sempre solícito com todos, incluindo a mim".
Muito responsável e preocupado com trabalho e em poder oferecer o melhor para a família, Fernando era uma pessoa de caráter íntegro, honesta, fiel e de muita hombridade. "Chegava a ser muito duro consigo mesmo, mas quando se tratava da esposa e das filhas, era um orgulho só, tanto da filha, que acabara de entrar na faculdade de Medicina, como do seu "grude", a caçula, de 9 anos", afirma Décio.
"Ele era um cara simples e introvertido, mas quando estava inspirado, era pura alegria e não tinha pra mais ninguém à sua volta", conta seu irmão Décio.
Fernando nasceu em Ribeirão Preto (SP) e faleceu em Rondonópolis (MT), aos 48 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo irmão de Fernando, Décio Fernando Montresor Júnior. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Walker Barros Dantas Paniagua e moderado por Rayane Urani em 30 de julho de 2021.