1953 - 2020
Generoso e carinhoso, colocava a amizade na frente de tudo.
Pai de três filhos, avô de duas meninas, Flávio sempre fazia questão de demonstrar o carinho e o amor que tinha por sua família e amigos, mesmo com sua timidez característica, que era “quebrada” apenas quando a barriga balançava, ao dar risadas.
Flávio exerceu a paternidade muito cedo. Ainda jovem, quando sua mãe faleceu, teve que ser o “pai” de seu irmão mais novo. Depois, com os três filhos, mostrou mais uma vez sua grande generosidade e o talento que tinha para cuidar dos que amava.
Fundou um restaurante para conseguir pagar o tratamento médico do filho. “Meu pai começou vendendo quatro “quentinhas” por dia. Tudo para ajudar no tratamento do meu irmão”, diz a filha de Flávio, Lidiane Loronha.
Gremista fanático, tinha também o ato de cozinhar como grande paixão e natural talento. Administrou seu restaurante por 18 anos, no local que o próprio dizia que não era frequentado por clientes e, sim, por amigos.
Nos últimos anos de vida, Flávio foi o exemplo perfeito de um grande avô. Amoroso e presente, era o avô para qualquer situação, fosse para levar à escola ou para distribuir abraços.
Flávio vai ficar nas lembranças dos que o amavam como um homem humilde, generoso e afetuoso, e que via a amizade como o que há de mais importante na vida.
Flávio nasceu em Seberi (RS) e faleceu em Seberi (RS), aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Flávio, Lidiane Loronha. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Henrique da Rocha Bergmann, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 4 de julho de 2020.