1972 - 2021
Conhecido como "Papai Urso", tinha o rosto tão expressivo que ao arregalar os olhos já entregava o que estava pensando.
Casado com a Sra. Graça, era o pai da Flávia e do Caio. Enquanto trabalhava, estava sempre ligado a tudo o que acontecia em casa e sempre fazia contato com os filhos para saber como tinha sido o dia. Após se aposentar, ficou mais próximo da família. Flávia conta que o pai sempre foi seu grande amigo. Era ele quem a levava ao médico, saía para resolver os problemas de casa e estava ali sempre disposto a ajudar.
A filha recorda os momentos felizes vividos ao lado de Flávio. Certa vez, ela entrou em um carro igual ao da família e quando percebeu que o motorista não era o pai, saiu do veículo, foi ao encontro de Flávio e divertiram-se muito com a situação.
Corintiano apaixonado, Flávio gostava de carros e de organizar as coisas para a família. Os filhos o chamavam de “papai urso”, já que dava um jeito em tudo! Quando ele posicionava seu olhar curioso, como os olhos bem abertos, eles já sabiam o que era: conheciam o pai mais do que ninguém!
A paixão pelo time do coração deixava Flávio acelerado! Apesar de não frequentar os estádios, sofria em casa toda vez que o Corinthians entrava em campo. Ensinava aos filhos sobre futebol, política e corridas, temas pelos quais ele muito se interessava. “Na infância ficávamos horas e horas jogando videogame. Ele me ensinou a torcer pelo Corinthians, a amar Fórmula 1 e a entender por que a Matemática seria necessária na minha vida”, recorda Flávia.
"Um homem honesto e batalhador. Sempre foi um pai, marido, tio, irmão e filho extremamente cuidadoso e muito amado por todos. Sonhava em ver os filhos bem e esperava ver o país novamente nos eixos."
“Meu pai foi o melhor pai que eu poderia ter. Meu amigo, meu conselheiro, minha luz. Ele sempre vai estar comigo, porque eu sou uma parte dele e não há amor e saudade maior do que a que sinto por ele. Acima de tudo, não há gratidão suficiente pela oportunidade de ter sido sua filha”, finaliza Flávia.
Flávio nasceu em Guarulhos (SP) e faleceu em Guarulhos (SP), aos 49 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Flávio, Flavia Regina da Silva. Este tributo foi apurado por Gabriel Rodrigues , editado por Gabriel Rodrigues, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Ana Macarini em 25 de julho de 2022.