1942 - 2021
Ela amava o som do canto, fosse do bem-te-vi ou do "Rei" Roberto Carlos.
Floriza, conhecida também como Florzinha ou Tia Flor, era uma mulher maravilhosa! Mãe, avó e bisavó dedicada, que amava a todos, sem limite, transbordava amor por onde passava e deixava sua marca: uma alegria contagiante!
Gostava muito da casa cheia e da mesa farta. Aquele café da tarde que muitos tiveram o privilégio de participar.
Com a partida de seu esposo, Floriza, aos 42 anos, voltou a trabalhar e terminou de criar seus filhos sozinha. Logo em seguida, os filhos mais velhos se casaram, ficando somente ela e sua filha caçula Fabiana.
"Minha mãe, meu amor, quantas saudades daquele abraço delicioso..., quanta falta a senhora me faz", a filha Fabiana comenta emocionada. E completa ainda com um trecho de uma linda canção popular: "Te amarei de janeiro a janeiro, até o mundo acabar!"
Ela era uma fã ardorosa do "Rei" Roberto Carlos! Gostava, especialmente, da música "Caminhoneiro". Preparava deliciosos pães caseiros. Amava dormir, não dispensava um cochilo à tarde. E assim eram todos os dias. Sua cadela já ficava à espreita, na porta do quarto, esperando ela acordar.
Gostava do canto do bem-te-vi. "Dizia que era meu pai falando que a amava, e toda vez que o pássaro cantava, ela dizia: 'Eu também te amo, meu amor', como se respondendo ao esposo amado.", relembra a filha.
Com a perda de um dos filhos, foi-se também uma parte da alegria de Floriza, deixando-a com uma tristeza no olhar. Vivia repetindo a frase: "Eu amo minha família!"
Dona de uma fé inabalável, compartilhou os melhores momentos da vida com sua família orferecendo seu amor incondicionalmente.
Floriza nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em Poá (SP), aos 78 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Floriza, Fabiana C Candido Apolinário. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Sonia Ferreira, revisado por Renata Nascimento Montanari e moderado por Ana Macarini em 29 de maio de 2021.