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Francisca Leda Paula Lima

1968 - 2020

Leda era sinônimo da alegria e da paz.

Leda era uma daquelas raras pessoas, que amava a vida, amava viver.

Todos os dias, apesar dos pesares, acordava como o despontar do sol, com o raiar do dia e com uma felicidade transcendental.

Amava o lar, a família. Era uma ótima esposa, uma mãe maravilhosa e uma avó indescritível.

Leda era o sinônimo da alegria e da paz, passava uma segurança, uma tranquilidade, uma calma... Tudo isso de forma harmônica.

Sua conversa transmitia a própria paz. Uma simples conversa com ela nos revigorava, nos restaurava, por mais atribulado ou sofrido que se estivesse.

Mostrava-nos forças para superarmos quaisquer que fossem as dificuldades e desafios.

Leda era a própria felicidade.

Amava os filhos e, principalmente, os netos Isadora e Bernardo.

Seu sonho era conhecer o seu mais novo netinho, o Benício. Que nasceu um mês após sua partida.

Leda amava e era amada.

Gostava de festas e de comemorar todos os aniversários, tanto dela, quanto da família.

Não deixava passar em branco um "mesversário" dos netos.

Esteve sempre presente nas reuniões da família.

Adorava reunir todos, nos fins de semana, seja para um simples almoço ou uma pizza de domingo.

Gostava de sentar-se em sua cadeira de balanço, na calçada, onde conversava com os amigos e distribuía sorrisos a quem passava.

Sempre solícita, ajudava quem precisava — amava o ser humano.

Leda foi uma estrela, um anjo, a personificação da bondade, do amor, da generosidade, da paciência, da perseverança e da força.

Leda foi amada, muito amou e será sempre amada.

Todos os amigos chamavam-na de Ledoca.

Ledoca, Ledoca, Ledoca...

Francisca nasceu em Fortaleza (CE) e faleceu em Fortaleza (CE), aos 52 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo esposo de Francisca, Wandenberg Nobre Lima. Este texto foi apurado e escrito por Chico Furtado, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 11 de julho de 2020.