1976 - 2020
Um homem de muitos apelidos, mas a resposta mais imediata vinha quando era chamado de pai.
Francisco, Luciglaucio, Lu, Gláucio, Glaucim, "twonufleixon", Keké... ele respondia por vários nomes e apelidos carinhosos.
O pai da Maria Tayná e do Francisco Matheus era louco por música, em especial as dos anos 80. “Provavelmente por isso, as primeiras músicas que aprendi na vida foi o papa é pop, anunciação e alguma coisa sobre professores deixarem as crianças em paz.” conta Tayná, que também teve uma festa de 15 anos inspirada no anos 80, fazendo uma referência aos gostos do pai.
Francisco era um homem extremamente sonhador, criativo, bagunceiro e brincalhão. Era amigo dos amigos dos filhos.
Também ficou conhecido por sua inteligência. Não só achava importante ser crítico, como ensinava o mesmo aos filhos. “Sempre quando eu dava opinião sobre algo na adolescência, ele iniciava um questionamento enorme com vários porquês. Ele me fez pensante.” Lembra Tayná.
Um homem leal, protetor e apoiador. Francisco encorajava as conquistas alheias e comemorava as vitórias, como se fossem dele. Independente das circunstâncias, sempre tinha um abraço pronto para doar. “O abraço do meu pai é a melhor coisa, é macio e apertado, meus medos tem medo do abraço dele.”
Francisco deixa uma saudade imensa. Certamente, está cantarolando alguma música dos anos 80 neste momento, enquanto guarda e protege os seus filhos.
Francisco nasceu Aracati (CE) e faleceu Fortaleza (CE), aos 43 anos, vítima do novo coronavírus.
História revisada por Rayane Urani, a partir do testemunho enviado por filha Maria Tayná, em 18 de maio de 2020.