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Geraldo Jacinto

1952 - 2020

Presente nas melhores lembranças da filha, tinha um Fusca azul 1977 como xodó e era fã de Roberto Carlos.

“Meu pai era um paraíso na Terra”, começa contando a filha, Geandréa, emocionada pelas lembranças dos momentos que passou com ele.

Geraldo era um exímio mecânico de refrigeração e seu trabalho era conhecido e admirado por toda a comunidade. Em seu ambiente de trabalho, uma oficina que levanta grandes memórias da filha, desempenhava os serviços mais excelentes que podia, como relembra Geandréia: “Minha lembrança mais gostosa é uma mistura do cheiro da oficina com a imagem dele arrumando um motor de geladeira”.

Aproveitava, também, suas habilidades como mecânico para zelar pelo seu xodó, um Fusca azul 1977, relíquia que foi mantida com carinho por Geraldo. Tanto é que, além das manutenções, era ele mesmo que pintava o carro, cheio de orgulho e satisfação.

Seus apegos, no entanto, não estavam centrados somente no Fusca; era, não menos importante, um grande fã das músicas de Roberto Carlos. A filha, emocionada, diz que não consegue mais ouvir as músicas do cantor sem se lembrar do pai.

“Para mim, ele era o homem mais lindo”, diz Geandréia sobre o pai, Geraldo, que esteve ao seu lado por toda a vida.

Geraldo nasceu em Caratinga (MG) e faleceu em Caratinga (MG), aos 68 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Geraldo, Geandréa Soares Jacinto. Este tributo foi apurado por Malu Marinho, editado por Diego Eymard, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 8 de outubro de 2020.