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Gercina Maria Moura dos Santos

1956 - 2021

Na luta diária, achava tempo e força para apoiar a todos que amava.

Gercina trabalhava na área gastronômica. Dava duro, mas mesmo com todo o cansaço e a correria da rotina não deixava faltar tempo para a família.

Era no aconchego dos netos e bisnetos, junto com os filhos Carlos e Claudenise, que encontrava a paz. Foi ela que criou o neto Renato, e dele ganhou os bisnetos Nathaly e Miguel, que aqueciam seu coração. “Era o amor em pessoa. Mãe de todos, um coração cheio de bondade. Uma tia muito especial", diz a sobrinha Josilene.

Onde chegava fazia amizade. Mariana, uma das amigas recentes, tinha uma afeição imensa por dona Gercina.
“A vó ocupava um espaço só dela, onde quer que fosse. Sabia demonstrar carinho, à sua maneira."

Gercina foi mulher de garra, determinada. Não media esforços. Mesmo nos momentos mais difíceis, ajudava quem precisava do seu apoio. “Não era o tipo de pessoa que passava a mão na sua cabeça, se você fizesse alguma coisa errada. Se estivesse incomodada, falava com sinceridade. Dava força, orientava, mas dizia o que a pessoa precisava ouvir naquele momento", diz Shelton, que cresceu ao lado de Gercina.

Ele usa o famoso poema de Carlos Drummond de Andrade para criar uma imagem: "se no meio do caminho tinha uma pedra, Gerci não era o tipo de pessoa que ficava contemplando o problema. Procurava formas de resolver aquilo, dava um jeito de pegar a pedra e removê-la do caminho para conquistar seu objetivo."

Gercina nasceu em Maceió (AL) e faleceu em Maceió (AL), aos 65 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Gercina, Claudenise. Este texto foi apurado e escrito por Sérvio Diniz, revisado por Fernanda Ravagnani e moderado por Rayane Urani em 6 de julho de 2021.