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Geso de Paulo Silva

1941 - 2020

Guerreiro, flamenguista e amante da boa música. Um sonhador que com suas conquistas ajudou toda a família.

Mineiro de Bambuí, Geso ou Gessuis, como era chamado carinhosamente pelos irmãos, era o primeiro dos dez filhos de Dona Rosa Raimunda e Seu Vicente.

Foi dedicado e incansável quando se tratava do seu trabalho. “Veio para Brasília trabalhar na subsistência do Exército com o apoio do tio Ari”, diz sua cunhada Edna. “Com o passar dos anos, trouxe toda a família, a quem dedicou muito tempo da sua vida. Geso foi um pai para seus nove irmãos”, conta Edna.

Ele teve cinco filhos com Maria das Neves, “uma baixinha arretada”, de quem se separou após alguns anos de casado. Ele ainda teve Jéssica, a caçula, fruto de seu romance com Norma.

Geso tinha um gosto eclético para música, mas sua grande admiração era pelo rei Roberto Carlos. “Possuía uma rica coletânea de seu ídolo maior”, diz Edna.

Um outro lado de Geso, que muitos admiravam, era o culinário. Ele fazia uma rabada como ninguém. “Sua rabada era espetacular”, diz sua cunhada.

“Geso era exímio pescador”, conta Edna. Gostava de frequentar o Lago Paranoá onde passava horas no ofício paciente de buscar o peixe. Ali, ainda cultivava pés de caju, que deixou como herança para outros que pisarão o mesmo solo que o fez sonhar tantas vezes.

“Geso partiu deixando um vazio imensurável, mas as lembranças e a saudade serão eternas. Um brinde ao flamenguista, com um vinho bem especial!”, assim se despede Edna.

Geso nasceu em Bambuí (MG) e faleceu em Brasília (DF), aos 79 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela cunhada de Geso, Edna Maria Silva Rocha. Este tributo foi apurado por Lila Gmeiner, editado por Míriam Ramalho, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 19 de dezembro de 2020.