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Gilmar Machado

1973 - 2020

O professor de feição brava que arrancava sorrisos de todos e que adorava doces.

A nora Jéssica descreve Gilmar como "um professor muito querido por todos que o conheciam. Era uma pessoa sempre muito bem-humorada e conseguia arrancar sorrisos e risadas de qualquer um com suas piadas e brincadeiras".

Torcedor do Flamengo e muito brincalhão, fazia qualquer um cair na risada. Com seus cabelos grisalhos e a cara brava, que não assustava ninguém, ele falava muito alto, às vezes, quase gritando, mas falava muito bem. Afinal, era professor, daquele tipo que é sempre presenteado por seus alunos com muitas lembrancinhas.

Apreciador de um bom café, ele era muito doceiro. Colocava leite condensado em cima até das uvas. Mas doce mesmo era a história que vivia ao lado da grande paixão de sua vida.

Jéssica conta que Gilmar “vivia um relacionamento lindo com sua esposa Cláudia, daqueles de cinema mesmo, mantiveram-se sempre muito apaixonados e carinhosos, uma inspiração para qualquer pessoa. Era uma inspiração ainda maior para seus dois filhos, Gabriel e Giasmini, que eram seus melhores amigos”.

Muito estudioso, Gilmar iria começar o doutorado em Educação. Também levava no coração a vontade de ter uma moto legal e o desejo de viajar por aí. Apesar de não ter muita condição, estava com uma viagem planejada para 2021.

Assim, Gilmar partiu, levando em sua garupa a história de amor com sua esposa, a cumplicidade dos filhos e as risadas de seus alunos e amigos.

Gilmar nasceu em São Miguel do Iguaçu (PR) e faleceu em Ariquemes (RO), aos 47 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela nora de Gilmar, Jéssica Cristina Cardoso Valério. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente, editado por Rosimeire Seixas, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 3 de outubro de 2020.