1934 - 2020
Amava estar com a família, principalmente com a netinha Valentina, com quem voltava a ser criança.
Tendo trabalho de remador a motorista de transporte escolar, Glaudio tinha muitas histórias para contar. Reunir a família aos domingos, ao redor de encantadoras mesas postas e recordar os tempos de labor era seu programa preferido.
Pai de muitos e avô de dois, era o tão querido “vovozinho” de Valentina, com quem voltava a ser criança ao se debruçar em incontáveis brincadeiras de boneca. Deixava ela fazer o que quisesse com ele.
Típico virginiano, como aponta a sobrinha tratada como filha, Rafaela, Glaudio “gostava de tudo a sua maneira, podendo-se dizer que era ranzinza às vezes”, porém “tinha apoio para todos a todo momento”. Era a base da família.
Os Madeira reuniam-se em inúmeras feijoadas que Glaudio promovia para celebrar a união, a alegria e o amor. Nessas oportunidades, tomava “aquele copinho de pinga”, recorda Rafaela, que sempre recebia festa do pai quando chegava e quando partia.
“Deixo o muito obrigado por ter sido minha referência como pai. Pode ter certeza que já estamos com saudades!”, diz ela.
As brincadeiras de Valentina e as risadas ao redor da mesa de familiares e amigos serão marcas eternas da grandeza de Glaudio.
Glaudio nasceu no Espírito Santo e faleceu no Espírito Santo, aos 85 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela sobrinha de Glaudio, Rafaela Madeira Scopel Borges. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Thaíssa Carvalho Parente, revisado por Daniel Schulze e moderado por Rayane Urani em 16 de agosto de 2020.