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Helielton Alves da Silva

1983 - 2021

Tinha o peculiar costume de deitar no chão gelado depois do almoço.

Helielton zelava muito bem por sua família, composta da esposa e dos três filhos. Sua grande motivação e incentivo eram seus sonhos: de ver os filhos formados, de terminar a casa que lutou muito para fazer e de voltar de visita ao Pará, seu Estado natal, para matar as saudades dos amigos da terra.

Com os amigos era acolhedor e brincalhão. Todos ao seu redor o amavam. Sua relação com eles era tão boa que o apelidaram de Presidente.

Era um homem de várias profissões: artesão de móveis, churrasqueiro, carpinteiro, vendedor. Quando estava na loja se divertia muito com os colegas de trabalho. Amava o que fazia e procurava executar tudo sempre da melhor maneira.

Helielton era apaixonado por futebol e um vascaíno roxo, daqueles que não tinha vergonha de chorar cada vez que seu time perdia.

Era um bom comilão que amava pamonha, milho cozido e assado, churrasco e um fígado acebolado. Às vezes se aventurava como cozinheiro, conforme conta o irmão Heliomar, relembrando histórias engraçadas: “Um dia a gente estava aqui em casa ele estava fazendo uma torta. Chegou a hora de virar, ele pensava que estava durinha; quando foi virar de repente caiu tudo no chão e no fogão. Eu ri tanto que fiz xixi na roupa!”

Esse era o Helielton, uma pessoa alegre e incrível de personalidade forte, generoso e dono de um grande coração. Um homem que tinha prazer em colaborar na obra de Deus, um ser maravilhoso.

Helielton nasceu em Curionópolis (PA) e faleceu em Imperatriz (MA), aos 38 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo irmão de Helielton, Heliomar Alves da Silva. Este tributo foi apurado por Gabriel Rodrigues , editado por Vera Dias, revisado por Fernanda Ravagnani e moderado por Rayane Urani em 21 de abril de 2022.