Helina de Souza Pereira da Silva

1950 - 2021

A vida pregou muitas peças em Helina, que seguiu de cabeça erguida e ajudando o próximo.

Helina era a oitava dos nove filhos e a caçula das mulheres da prole de Maria e João.

Sempre foi espevitada e começou a trabalhar com carteira assinada numa torrefação de café. Depois, tornou-se funcionária de uma indústria de tecidos até estudar para ser atendente de enfermagem; como tal, trabalhou em uma cidade próxima e depois no próprio município.

Ainda muito nova, teve um dos rins comprometido. Após uma cirurgia, passou a viver normalmente com apenas um deles até que, por uma ironia do destino, esse rim entrou em colapso e ela passou a fazer hemodiálise. Mais tarde submeteu-se a um transplante e a vida lhe sorriu novamente.

Casou-se com Jesser, um rapaz bem mais jovem, que ela carinhosamente chamava de "meu nego". Sua escolha causou espanto na família, mas, entre altos e baixos, foi feliz com ele até 2013, quando ficou viúva. Ela ficou enlutada e sofrida, mas seguiu de cabeça erguida.

Sua sobrinha Ana Cristina comenta sobre esse período da vida da tia: “E aquela menina alegre continuou sua trajetória, tornando nossos dias mais lindos e amenos. E como toda ariana, boa de briga, o destino lhe reservou mais uma batalha: um câncer de útero, que ela tirou de letra”.

Helina sempre foi uma pessoa extremamente caridosa, amorosa e que tirava a roupa do corpo para ajudar ao próximo, mas que também era geniosa e não tinha nenhum filtro na língua: não levava desaforo para casa, falava o que sentia, tipo “doa a quem doer”.

Era torcedora incondicional do Palmeiras, seu porquinho amado e do Cruzeiro, a raposinha mineira. Também vibrava com os meninos do vôlei do Sada Cruzeiro.

“Ela nasceu pra nos fazer felizes", conclui Ana Cristina.