Hermano Mariano da Silva

1951 - 2020

Assobiava o dia todo; e não deixava de jogar na loteria e de assistir aos telejornais.

Hermano, apelidado de "Mano" por seus conhecidos, adorava visitar seus amigos do bairro e era fã de assistir, repetidamente, aos telejornais.

Bem de manhã, já ligava a televisão e sua neta vinha lhe fazer companhia quando estava de férias e, ali ficavam e assistiam aos jogos.

Ele amava Roberto Carlos e a música que lhe definia era "Meu querido, meu velho, meu amigo", por ser um companheiro infalível que queria bem a todos.

Além disso, ele assobiava tanto que até seus próprios pássaros inspiravam seus cantos nele.

Seu jeito de amar só era identificado pelos mais próximos, os quais aprenderam a ler nas entrelinhas e no seu olhar. Tinha o jeito dele de dizer que estava com saudade; ligava e dizia: "Botei crédito no celular e tô gastando pra não expirar".

Sempre comprava o biscoito preferido da neta e o "peixe sem espinha" que ela dizia que gostava.

Ajudava todas as pessoas que estavam ao seu alcance, independentemente da dificuldade. "Meu avô sempre nos mostrava que não importam as circunstâncias, devemos olhar para o outro, assim como olhamos para nós mesmos”, conta sua neta Camila.

Não perdia a chance de jogar na loteria e não falhava em suas caminhadas matinais, sempre com sua simplicidade de ser e de viver.

Foi casado durante quarenta e oito anos com a mesma mulher e, todas as noites, depois do jantar, apreciava na laje de sua casa a companhia de sua grande paixão.

"No fim das contas, o amor vale mais que tudo", comenta sua neta que tanto admirava a relação do casal.

Gostava de contar histórias de quando viajava para o Nordeste e era um grande incentivador de seus netos para que eles estudassem e fossem atrás dos seus sonhos.

Hermano deixou um legado de amor e cuidado para todos que o conheceram, e hoje é motivo de uma lembrança alegre que jamais se apagará.