Hilton Borges

1937 - 2020

Ele soltava o espirro mais alto que a Região dos Lagos já ouviu.

Dono de uma personalidade marcante, Seu Ailton, como era chamado, nasceu em Bom Jesus de Itabapoana, Rio de Janeiro. Atrás de seu jeito duro, escondia uma alma ainda sensível. Chorava sempre, mesmo que poucos vissem.

Trabalhou na venda de casas e terrenos, era ótimo com números, embora tivesse "fugido" da escola muito cedo.

Gostava de sentar-se na varanda de casa e cantar seus hinos antigos ao olhar o dia sumir. Perdia o fim das noites em frente à TV, rindo das pegadinhas de sempre nos programas de auditório.

Mas o que ele realmente amava era comer. Todos os aniversários envolviam um belo churrasco, cercado pela família e muito bem abastecido de doces.

“Antes do AVC roubar o movimento das suas pernas ele andava longas distâncias visitando os netos e os filhos a pé. Amava contar sobre a época boa de sua vida, passada em Bom Jesus. Seu sonho era viver até os 80 e ele realizou. Foi casado por sessenta anos com Maria Raymunda, seguindo junto com ela para perto de Deus treze dias antes de sua partida”, conta a neta Tamires.

A esposa de Hilton também foi vítima da Covid-19. Para conhecer um pouco da história dela acesse a homenagem a Maria Raymunda da Conceição Borges neste Memorial.