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Humberto Vitach Gambaro

1934 - 2020

Um avô amoroso, que se emocionava ao ponto das lágrimas vendo seu neto no palco.

Para Humberto, o orgulho de sua família quase não cabia dentro de si. Os filhos, netos, bisnetos e tataranetos eram tudo em sua vida e fazia questão de estar presente para cada um deles.

Quando via Robson, um de seus netos, exercer sua arte, chorava. Em todas as vezes, sem exceção. "Lembro com muita emoção do seu abraço após assistir um espetáculo que fiz", afirma o neto, lembrando do calor amoroso que o avô lhe trazia.

Além de ver o neto no palco, Humberto adorava palavras cruzadas e jogos de baralho. Tinha uma força extraordinária. Vencera tanto o Alzheimer quanto problemas cardíacos.

"Obrigado pelos seus abraços, eles me deram coragem para enfrentar a intolerância do mundo por ser um homem gay, artista e professor", se despede Robson, lembrando-se de todo o suporte que o querido avô lhe deu. E acrescenta: "Vovó, segura o vovô aí!"

Humberto foi o amor de todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo e deixa saudades da luz que se foi.

Humberto nasceu em São Paulo e faleceu em São Paulo, aos 86 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo neto de Humberto. Este tributo foi apurado por Marcelo Dettogni, editado por Mariana Coelho, revisado por Gabriela Carneiro e moderado por Rayane Urani em 13 de junho de 2020.