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Idelma Potel

1952 - 2020

Uma mulher intensa, carismática, dedicada e que nunca passava despercebida.

Idelma nunca passava despercebida, não apenas por ser um mulherão com mais de 1,80 m de altura. Além de ser intensa em tudo o que fazia, era dona de um sorriso carismático e alegre, encantava todos com sua energia. Gostava de cantar alto enquanto dirigia, o que provocava olhares de alguns motoristas que não entendiam de onde vinha tanta felicidade.

Era uma mãe carinhosa que amava seu filho poeta mais do que tudo.

Escolheu a Fonoaudiologia como profissão. Tratava seus pacientes, a quem devolvia a fala, sempre com muita atenção e carinho, era especialista na área de voz e gagueira. Também era uma professora dedicada, e, na docência, marcou a vida de colegas e alunos.

Idelma tinha mãos lindas e talentosas. Adorava surpreender as pessoas com embrulhos caprichados que ela mesma fazia e com bilhetes escritos com sua caligrafia impecável. Os que a conheciam já estavam acostumados com seu jeito particular de finalizar as mensagens: com um "beijo de borboleta".

Por coincidência ou não, uma amiga de Idelma descobriu que esse inseto, que tanto gostava, carrega inúmeros significados: o renascimento, a ressurreição, a liberdade do espírito...

Quando chegou a hora, a borboleta Idelma bateu asas e voou, deixando muitos amores, lembranças boas e saudades.

Idelma nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em Itajaí (SC), aos 68 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela melhor amiga de Idelma, Tânia Terezinha Tozi Coelho. Este tributo foi apurado por Hélida Matta , editado por Victoria Vital, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 5 de janeiro de 2021.