1960 - 2021
Dizia que tudo que fazemos aos outros, estamos fazendo à nós mesmos.
Cheia de vida, Iolanda transbordava alegria, uma mãezona de quatro filhos: Cristiane, Vladimir, Cristian e Igor, e cinco netos: Gustavo, Bruno, Pedro, Raphael e Kauana. Todos rodeavam-na e se contagiam com seu jeito simples e amoroso de ser. "Ahh! Aquela risada, nunca mais ouvirei", relembra sua filha Cristiane.
Iolanda afirmava, com muita fé, que "Deus sabe de todas as coisas..., não cai uma folha de árvore se Ele não permitir".
Trabalhava como servidora pública em um hospital, em Itu - uma instituição voltada para saúde mental. Esbanjava alegria por onde passava. "Não me lembro um único dia em que reclamou da vida, por mais dura que tivesse sido", conta Cristiane.
Fazia uma feijoada como ninguém! A casa enchia nesse dia. Era tão gostoso seu tempero, que muitos levavam um pouquinho para saborear novamente em casa.
Tinha um amor imensurável por toda sua família, em especial aos netos. Adorava ir à praia - esse era seu refúgio. Sua resignação, esperança e gratidão pela vida se explica por tamanha fé e devoção à Santa Rita e Nossa Senhora Aparecida. Sempre dizia: "tudo vai dar certo!"
Ela amava escutar a música "Um Refrão Pra Sua Alma", que diz, nesse pequeno trecho:
"Se eu pudesse conversar com sua alma
Eu diria, fique calma, isso logo vai passar
Eu daria um conselho, chore mesmo
E enquanto chora, aproveita pra orar."
Ela costumava dizer que a saudade doía, agora a filha Cris sabe exatamente como é essa dor.
Iolanda nasceu em Cambará (PR) e faleceu em Itu (SP), aos 60 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Iolanda, Cristiane Rissi. Este tributo foi apurado por Lucas Cardoso e Ana Clara Cavalcante, editado por Sonia Ferreira, revisado por Luana Bernardes Maciel e moderado por Rayane Urani em 9 de junho de 2021.