1952 - 2020
Além de abrilhantar as serestas com sua dança, a empatia foi uma das grandes marcas deixadas por Lola.
Era conhecida pela família como Lola. Foi uma pessoa que dedicou a vida ao cuidado com o próximo.
Lola possuía como sinônimo o cuidar, e amava tudo isso. Tinha uma grande empatia pelo outro e fazia tudo com dedicação. Seu alto-astral encantava, amava uma seresta para dançar e cantava no Coral dos Aposentados.
De Coronel Fabriciano, foi para São Paulo, onde conheceu o seu primeiro marido, José Raimundo, um alagoano de Capela. Em Guarulhos, nasceram os três filhos do casal: Janaína, Jefferson e Neto.
Com uma profissão tão singela ─ era auxiliar de enfermagem ─, cuidou com muito carinho e dedicação do marido, dos filhos e dos pacientes no Hospital Menino Jesus e no Hospital Brasil, em Guarulhos.
Em 1983, mudou-se com a família para Alagoas e, em 1988, foram morar em Minas Gerais, para que Lola cuidasse da mãe, dona Olga, que necessitava assistência e atenção. Em Coronel Fabriciano, foi “mãe social” na Cidade do Menor.
Ficou viúva e se casou com o cunhado. Retornou para Alagoas para cuidar do sogro que estava doente. Esse amor ao próximo não parou por aí. Lola ainda cuidou dos netos, de seu segundo marido, da sua enteada, da tia do marido, da sogra, dos filhos, da nora, da irmã que ficara viúva e, depois de alguns anos, retornou a Minas para cuidar de sua filha, o que fez com muito amor, até os últimos dias de sua vida.
Ione nasceu em Belo Horizonte (MG) e faleceu em Maceió (AL), aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela nora de Ione, Flaviana Alves Rodrigues dos Santos Medeiros. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Thalita Ferreira Campos, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 11 de novembro de 2020.