Irene Cândida Ferreira de Souza

1948 - 2021

Quando resolvia dar alguma festa, convidava todos os vizinhos para que nenhum se sentisse desprestigiado.

Irene era professora por formação e escolheu cuidar da casa, do marido e dos filhos com orgulho e muito amor.

Conheceu José Carlos quando trabalharam juntos na mesma empresa. Foram casados por quarenta e quatro anos e construíram uma relação de muita cumplicidade. Ela foi como uma bússola na vida dele, a parte racional e ponderada da união.

Juntos tiveram dois filhos, Gustavo e Murilo. A relação entre eles era a melhor possível: a mãe sempre defendia os filhos, os eles seguiam com orgulho seus ensinamentos e princípios. "Em qualquer lugar que estivéssemos, ela fazia questão de demonstrar o quanto sentia-se orgulhosa de nós" relembra Gustavo.

Ao lado do marido, Irene também cultivava uma relação especial com os netos Danilo, Alice, Theo e Lucca. Amava fazer bagunça com eles, era brinquedo espalhado para tudo quanto é lado!

O momento mais marcante que Gustavo viveu com a mãe foi quando deu a notícia que ela seria avó pela primeira vez. Ele estava em São Paulo, ela no Rio de Janeiro. Enquanto falava com o pai ao telefone, ele dizia que Irene estava pulando freneticamente, tamanha a sua felicidade com a novidade.

Irene gostava de reunir toda a família para confraternizações. As comidas que ela preparava eram maravilhosas, era uma cozinheira de mão cheia, mas, sem dúvidas, o mocotó era unanimidade.

Uma de suas marcas era o gosto por roupas consideradas espalhafatosas. Usava sempre as mais brilhantes possíveis! A família brincava dizendo que ela era uma espécie de árvore de Natal e que faltava apenas o pisca pisca.

"Sinto falta do cheiro, do abraço, de vê-la brincando com os netos." despede-se Gustavo.