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Irene Trento Bianchini

1954 - 2021

Para ela, rezar era como respirar e em suas orações os entes queridos estavam sempre presentes.

Para ela não havia o impossível quando o assunto era amor. Transitava pelo verbo como se estivesse passeando por um jardim florido, em dia de sol, depois da chuva. "Foi uma grande mulher, e a melhor avó do mundo", conta o neto Lukas.

Ela era a filha que se preocupava com os pais, zelando pelo bem-estar deles. Era a mãe que cuidava das filhas com o mesmo esmero e preocupação que tinha quando ainda eram meninas, acompanhando e participando de suas descobertas e conquistas; e como avó, ela arrasava: com muitos mimos, cafunés, carinho, abraços, conversas acaloradas e um bolinho perfeito no forno. Sempre.

Irene não teve muitas oportunidades de estudo e seu nível de escrita e leitura era básico; ainda assim, ela não deixava de ler a Bíblia. Seus pensamentos iniciavam e terminavam em seus entes queridos, e como uma verdadeira matriarca ela se esforçava para manter a família unida: não esquecia uma única data de aniversário, que fazia questão de comemorar com mensagens de carinho e afeto. Ficava feliz em dar um "oi" no grupo da família e de conversar com seus irmãos, mantendo assim o vínculo familiar vivo e forte.

Ela era o abraço quente, o aconchego, o lugar seguro e “sua ligação conosco jamais será desfeita.”

Irene nasceu em Siderópolis (SC) e faleceu em Lucas do Rio Verde (MT), aos 66 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo neto de Irene, Lukas Vinicius Rodrigues da Silva. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Rosa Osana, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 9 de agosto de 2021.