1956 - 2020
A bondade foi o seu maior ensinamento e o seu grande legado.
Palmeirense verde, um dos vinte filhos de Dona Isolina. Nasceu no campo, cuidou da terra e mudou-se para São Paulo aos 18 anos.
Trabalhou, batalhou... Em 1989, em pleno "American Dream", foi para os Estados Unidos em busca de trabalho para poder comprar a casa própria.
Retornou ao Brasil depois de um ano e meio, conquistou muitos sonhos ao lado de sua primeira esposa Neide e de sua única filha Fabi, que aprendeu a cozinhar com o pai, aos dez aninhos.
Sem dúvida, foi o grande amor dessa filha, que nele teve um pai e um cúmplice. Jaime sempre cuidou e protegeu.
Casou-se pela segunda vez, agora com Carmem, onde acolheu e foi acolhido, com todo amor, pela família da esposa. Mais pessoas tiveram a oportunidade de viver e de receber a bondade e o carinho que ele dedicava.
"Vovô Jaiminho" deixou também uma netinha, a Fiorella, a quem chamava de "loirinha do vovô". Era incrível o brilho nos olhos e o encantamento com que olhava pra ela... a conexão inexplicável de carinho e amor que estabeleceram. Sem dúvida alguma, esse amor será sentido e valorizado por ela pelo resto da vida.
Sonhava em comprar um pedacinho de terra e voltar para a roça, para viver a velhice em paz, criando umas vaquinhas leiteiras, alguns porcos e galinhas para alimento e, assim, complementando a renda ao lado de Carmem.
Deixou uma saudade proporcional ao bem que fez, em qualquer tempo, a todos que tiveram sua vida tocada pela bondade e amor deste homem.
Seu legado é a bondade de um coração cristalino, prestativo e alegre.
Jaime nasceu em Governador Valadares (MG) e faleceu em Mogi das Cruzes (SP), aos 63 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Jaime. Este tributo foi apurado por Clara Quinteiro Hernandez, editado por Flavia Campos, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 1 de junho de 2020.