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Jeane Rodrigues Dantas

1978 - 2021

Ensinou sobre a vida, espiritualidade e soube acolher como ninguém.

Jeane foi a inspiração da afilhada Victória. Sua admiração por ela é tão grande que, conforme ela diz, seus olhos brilham “todas as vezes que alguém fala que me pareço com ela e eu sempre ouço a música "Carta de Amor" para sentir ela perto”.

Buscando demonstrar o seu amor pela madrinha, Victória escreveu uma homenagem:

“Para a minha madrinha e amiga, que era força, coragem e verdade.

Não só era como, é e sempre será.

Ela que é uma das minhas maiores referência de pessoa e de mulher.

Ela que tinha sempre a palavra certa para me dar, as broncas e puxões de orelha necessárias e que sempre validou os meus sentimentos pra que eu pudesse seguir em frente.

Ela que me ensinou tanto sobre a vida, sobre espiritualidade e que sempre soube me acolher como ninguém.

Ela que amou e cuidou da sua mãezinha até o seu último suspiro com todo amor do mundo. Eu nunca vi um amor tão forte assim.

Ela amava estudar, amava seu cantinho, seu quarto e o silêncio, mas também amava uma boa conversa, acompanhada de boas lembranças e companhias agradáveis.

Ela que foi professora universitária e que era tão querida por seus alunos.

Minha madrinha que amava a cor rosa, estampa de oncinha e que não abria mão de um salto alto.

Ela que amava borboleta e coruja e que me ensinou a amar também.

Minha madrinha que era fã do Paulo Gustavo e que me fazia rir da sua risada ao ver seus filmes.

Ela que amava "Grey's Anatomy" e conseguiu a proeza de assistir à série três vezes e com a mesma empolgação.

Ela que tinha pulso firme, nunca fugiu de uma briga e de defender o que acreditava.

Ela que por onde passava sempre era vista pela sua beleza radiante.

Ela que foi tão ímpar.

Ela que sempre foi tão ela e me deixou os maiores ensinamentos da vida, as melhores conversas que eu já tive ou vá ter, e também a maior saudade que eu sinto.

Ela que eu sempre ouvi, admirei e que sempre vou levar nos meus pensamentos, lembranças, jeitos, decisões e em tudo que eu fizer.

Ela, sobre quem eu poderia escrever muito mais, mas finalizo por aqui, com muito amor e saudade.

Da sua afilhada, amiga e sua maior fã!

Eu te amo.”

Jeane nasceu em Brasília (DF) e faleceu em Brasília (DF), aos 42 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela afilhada de Jeane, Victória Beatriz da Silva Santana. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Vera Dias, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 31 de janeiro de 2023.