1940 - 2020
Mulher revestida de fé, humildade e amor.
Nascida e criada em Oriximiná, no Pará, Joana casou aos 19 anos. Teve dez filhos, cinco homens e cinco mulheres.
Foi professora e ajudou a alfabetizar crianças que não tinham oportunidade de ir à escola. Também foi costureira, “uma das mais caprichosas”, garante a neta Vanessa.
Em Altamira, para onde a família se mudou, veio a estabilidade financeira e Joana pôde realizar o sonho da casa própria.
No início da década de 90, sofreu um AVC, ficando com um lado do corpo paralisado. Foram anos de luta. Uma de suas filhas dedicou sua vida exclusivamente para cuidar dela. “Mesmo assim, minha avó era muito feliz. Adorava um churrasco e uma festinha de aniversário”, conta ela.
Não deixava de rezar o terço todos os dias. Diante de uma dificuldade, quando tudo parecia perdido, lá estava ela, fazendo seus pedidos e agradecendo pelas graças alcançadas. “Joana tinha as histórias mais lindas, as músicas mais doces e o colo mais abençoado”, diz Vanessa.
Joana completaria 59 anos de casada no final de julho. “Foi minha avó quem criou a mim e a minha irmã. Ela é minha referência de força, fé e resiliência. Ela é o maior significado de "Amor'”, diz Vanessa.
Joana nasceu em Oriximiná (PA) e faleceu em Altamira (PA), aos 80 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela neta de Joana, Vanessa de Oliveira Miléo. Este tributo foi apurado por Jéssica Avelar, editado por Ticiana Werneck, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 9 de agosto de 2020.