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José Ailton Fontes

1948 - 2020

Um homem querido e conhecido pela sua humildade, que não cultivava inimizade com ninguém.

“Galego” era como seus amigos o chamavam. Um homem querido por aqueles à sua volta, conhecido pela sua humildade e por não cultivar inimizade com ninguém. Era apaixonado pelos netos e pelos irmãos.

Hortência dos Santos Fontes, sua neta, lembra-se do avô com imenso carinho. “Ele era meu ‘voinho’, mas, na verdade, sempre foi como um pai para mim, pois meu pai faleceu quando eu ainda era um bebê e meu avô ajudou a suprir essa falta”, diz ela.

Dentre os feitos do avô dos quais se lembra com afeto, destaca a doação de um terreno, feita por ele quando jovem, para que se pudesse ser cavado um poço para que assim fosse retirada água para a comunidade em que nasceu e se criou. Além disso, a paixão pelo futebol levou José Ailton a fazer um campo onde pudesse brincar com os amigos. Não passava um domingo sem se sentar em sua cadeira de balanço para assistir ao time do coração, o Botafogo.

José Ailton era admirado por ser uma pessoa que levava a vida sem se preocupar, e a maior marca que deixou foi sua alegria em receber todos como um amigo, demonstrando sempre muito carinho. E, para Hortência, essa é a lembrança que ficará do seu avô: “uma pessoa alegre que passava falando com todos dentro do seu carrinho, um Corsa 1998 vermelho, e com o chapéu que mal tirava da cabeça”.

José nasceu em Lagarto (SE) e faleceu em Lagarto (SE), aos 72 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela neta de José, Hortência dos Santos Fontes. Este tributo foi apurado por Thyago Soares, editado por voluntário, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 8 de dezembro de 2020.