José de Arimatéia Tomaz da Costa

1964 - 2020

Sempre que podia, viajava para o sertão da Paraíba para comer um tradicional bode na brasa.

José, ao lado de Ana Maria, teve três filhos: Alef, Arlen e Arthur. Com seu trabalho como pedreiro e, mais tarde, como mestre de obras, criou e formou todos os filhos. Também construiu duas casas para sua família. O que não pôde ter quando era criança, José trabalhou para dar aos filhos. Mais do que bens materiais, procurou deixar a eles um legado de força, presença e honra.

José tinha muito prazer em ouvir as apresentações musicais dos filhos. Donos de grande talento, Alef, Arlen e Arthur tocavam diversos ritmos, principalmente músicas judaicas. Pai orgulhoso, estava sempre na plateia do concerto anual da Orquestra Filarmônica do CEFEC - Centro de Formação Educativo Comunitário -, da qual eram membros.

Sempre que tinha oportunidade, gostava de visitar sua terra natal e apreciar bode na brasa, sua iguaria sertaneja favorita.

Nos últimos anos, a compra de um carro por Alef fez pai e filho se aproximarem ainda mais. Tornaram-se parceiros inseparáveis. Onde um estava, certamente o outro estava também.

Generoso e altruísta, um dia, surpreendeu a todos ao sair para comprar um ventilador e voltar com uma Smart TV. Não media esforços para ajudar quem precisasse. Mesmo nas pequenas coisas, como trocar uma lâmpada. Colocava sempre os outros em primeiro lugar, sendo ou não da família.

Apesar do semblante sério, bastava uma conversa para que logo José ficasse à vontade e todos percebessem que o semblante mais contido era, na verdade, apenas um mecanismo de defesa. Com frequência acabava virando um grande amigo de seus clientes.

A família sempre recordará de José, pai zeloso, nos churrascos de família que tanto gostava; ou sentado em sua cadeira de madeira favorita ao anoitecer, contando as histórias de seu passado.