José Joci Alves da Costa

1955 - 2021

Sonhador, generoso e compassivo, doava-se sem reservas às outras pessoas, sempre disposto a ajudar.

Apesar da vida sofrida e humilde, tinha riso fácil e um jeito peculiar de fazer análises de tudo ao redor. Nunca perdeu a esperança de mudar o mundo e aprendeu que a mudança começava nele. Parecia um super-herói, embora muitas vezes tenha sido alertado para ir com calma e cuidar mais de si mesmo. Amava os quatro filhos, Suyane, Raphaela, Mateus e Ryan, e ainda havia amor para o neto Guilherme e para os sobrinhos, tendo em vista a família numerosa, com muitos irmãos. Sua mãe, a octogenária Maria Dongelina, era sua fortaleza e inspiração de fé.

"Ele era um homem bom!" foi a frase que mais se viu e ouviu nas mensagens deixadas nas redes sociais e presencialmente aos familiares após sua partida.

Peço licença ao leitor para concluir este texto em primeira pessoa. Sai de cena a jornalista e entra a filha, que ele tinha alegria em dizer que era inteligente e a melhor repórter, coisa de pai orgulhoso que tinha o sonho de ver os filhos formados:

Sua vida sempre nos foi contada, suas dificuldades, suas lições, suas dores, suas esperanças... Passou pela experiência da morte por duas vezes e venceu. Eu tinha esperança de que ele venceria também a batalha contra o coronavírus, mas o inimigo "invisível" foi audaz e me furtou a maior referência em amor, honestidade, bondade... É difícil demais acreditar que você partiu, pai!

Carregarei, nas memórias doces de infância, seu amor, sua dedicação, sua luta... nas recordações da adolescência, um pai conselheiro e, nas lembranças de adulta, um homem de fé, compaixão e pronto para se doar a quem lhe pedisse ajuda, mesmo não tendo quase nada a ofertar.

Descanse, paizinho! Em breve voltaremos a nos abraçar!