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José Pereira Marinho

1940 - 2020

A doçura materializada. Gostava de cozinhar pratos coloridos e era amado pelos gatos.

Todos que conheciam José poderiam afirmar com toda a certeza que ele era a pessoa mais doce que já haviam conhecido. Sua meiguice era tanta que o coração até ficava quentinho perto dele, que delícia de sensação que era sentir essa doçura toda concretizada em uma só pessoa! Sua delicadeza era evidente até nos pratos que cozinhava: todos muito coloridos.

Aposentado, havia sido comerciante. Mesmo separado da esposa, José sempre lembrava os netos de homenageá-la em datas comemorativas. O amor por ela sempre foi muito grande.

As batalhas contra o câncer não foram fáceis e perduraram por três longos anos. Mas a melhora era evidente. Em sua última ligação com a neta, até brincou dizendo que já poderia até ir atrás de namoradas.

Mesmo internado com Covid-19, José não se deixava abalar: o canto era seu melhor amigo nesse momento. Cantava sempre para espantar toda a possibilidade de tristeza, mostrando toda sua força.

Partiu, mas deixa irmãos, irmãs, filhos, filhas, netos e netas, além de um legado de doçura, força e alegria, que nunca será esquecido por todos que puderam conhecê-lo.

José nasceu Rio Grande do Norte e faleceu Ceará, aos 80 anos, vítima do novo coronavírus.

História revisada por Mariana Coelho, a partir do testemunho enviado por neta Débora Nunes, em 19 de maio de 2020.