1951 - 2020
Cantor nas horas vagas, interpretava Reginaldo Rossi com toda sua alma, animando as festas de família.
Não parava quieto. Aposentou-se como conferente no Porto de Maceió e, para garantir um dinheirinho a mais no final do mês, vendia cartelas de sorteio semanal e ainda trabalhava como mototáxi à noite. "Nunca deixou faltar nada em casa!", conta o filho Ronaldo, saudoso do pai que "era uma figura!".
Casado com Lúcia Maria dos Santos Costa, teve também uma filha, Emmanuela dos Santos Costa, que deu aos pais três netos, duas meninas, Eduarda e Valentina, mais um garoto, Moisés. Além disso, a família espera por mais uma netinha, filha de Ronaldo: Giovanna.
Conhecia todo mundo, era cheio de amigos. Apreciava jogar conversa fora com os mais chegados numa boa mesa de bar, onde bebia e cantava. Mas amava mesmo era as festas em família; fartura, alegria e a casa repleta de sons e de pessoas queridas.
"Essa história já foram meus primos que me contaram. Em Maceió tem um clube chamado Iate Clube Pajuçara. Um dia teve uma festa reservada lá e meu pai estava na porta, só que não tinha convite para ter acesso. O cara barrou a entrada dele. Mas isso foi bem na hora que o pessoal do som estava testando, eles falavam: 'Alô som!'. Meu pai disse que o nome dele era Alonso e que o estavam chamando no palco. Aí ele acabou entrando", contou Ronaldo, seu filho caçula.
A família aqui segue honrando a sua história de batalhas, sem nunca tirar o sorriso do rosto, José Ronaldo. E cada música de Reginaldo Rossi há de ser um jeito alegre de relembrar suas cantorias e seu amor à vida.
José nasceu em Maceió (AL) e faleceu em Maceió (AL), aos 68 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo filho de José, Ronaldo dos Santos Costa. Este tributo foi apurado por Jéssica Loredo, editado por Ana Macarini , revisado por Didi Ribeiro e moderado por Rayane Urani em 10 de junho de 2020.