1971 - 2020
Entendia de tudo um pouco. Em casa, fazia as vezes de eletricista, pedreiro, técnico em informática, pintor...
Íntegro, cauteloso e "totalmente dedicado à família", Júlio era, nas palavras de sua companheira Edvania: "Um super-homem, um superpai. Seu passatempo predileto era assistir a filmes e brincar com a caçula Julia, de quem cuidou desde que nasceu".
Ele também amava preparar as mais diversas e deliciosas refeições. E não era só na cozinha que demonstrava o afeto pelos seus. Também evidenciava seu carinho cuidando de tudo em casa: “A gente não precisava contratar nenhum profissional, pois ele era o eletricista, o pedreiro, o técnico em informática e em eletrônica, o pintor...", conta Edvania, afirmando que o companheiro era “o cara”.
Júlio atuava como microempresário e, muito inteligente, estava cursando a faculdade de Direito. Aos 47 anos, sonhava com sua formatura. “Muito difícil ficar sem meu parceiro, meu companheiro e cúmplice por mais de 20 anos. Fazíamos tudo juntos. Vivíamos grudadinhos”, relata Edvania.
Acumulando em sua trajetória tantos conhecimentos e afetos, Júlio deixa um legado imenso para os filhos Julio, Rayane e Julia. Deixa também saudades, não apenas nos corações da companheira e dos filhos, mas no de todos os amigos e demais familiares que o amavam e que oraram por sua vida: “Sinto uma dor imensurável, mas também uma enorme gratidão por ter sido tão bem cuidada e protegida por ele”, conclui a companheira. E despede-se: “Descanse em paz, meu amor”.
Júlio nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu em Guapimirim (RJ), aos 48 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela companheira de Júlio, Edvania Faria Masini . Este tributo foi apurado por Viviane França, editado por Renata Meffe, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 20 de agosto de 2020.