1963 - 2020
Um homem de poucas palavras, muitas ações e sorriso fácil.
Preto, alto e forte, considerado como melhor pai, grande esposo e o avô mais babão.
Amava o que fazia: resgatava pessoas no SAMU. Para os amigos, transbordava alegria e; para a família, segurança, responsabilidade, carinho e proteção.
"Meu pai foi acometido pelo vírus fazendo o que gostava. Meu pai foi um pai que nos trouxe momentos de felicidade nas coisas simples. Toda vez que falava, mostrava propriedade. Temos saudades até dos seus momentos de infelicidade", conta a filha Cinthia.
Sempre grande guerreiro, Julio Cesar despertava o respeito de quem olhava para ele e para sua alma de criança feliz. Quase sempre usando um gorrinho pequeno e óculos escuros, seu coração estava pronto para sempre ajudar.
"Ele recebeu uma homenagem linda dos amigos de trabalho. Um cortejo com mais de dez ambulâncias, com as sirenes ligadas, andaram por Osasco fazendo barulho e homenageando a grande pessoa que ele foi.
Não tenho muitas palavras. Nosso coração dói por perder um homem guerreiro como ele. Nós o amamos demais e não conseguimos vê-lo em seus últimos dias", finaliza Cinthia, em mais uma das homenagens que ela acredita serem insuficientes para expressar todo o seu amor.
Julio nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em Osasco (SP), aos 57 anos, vítima do novo coronavírus.
História revisada por Irion Martins, a partir do testemunho enviado por filha Cinthia Rafaela de Oliveira, em 20 de julho de 2020.