Jussara Pedron da Silva

1953 - 2020

Buscava cuidar da família da melhor maneira, pois foi sempre o refúgio nas horas difíceis, amparando e dando colo.

"Você sabe: há sementes por toda parte. Não só no chão, mas nos telhados das casas, no parapeito das janelas, nas calçadas das ruas, nas cercas e nos muros. Milhares e milhares de sementes que não servem para nada. Estão ali esperando que um vento as carregue para um jardim ou para um campo. Muitas vezes elas morrem entre duas pedras, sem ter podido transformar-se em flor. Mas, se um polegar verde encosta numa, esteja onde estiver, a flor brota no mesmo instante". (Fragmento do livro "O menino do dedo verde", de Maurice Druon)

Um legítima mãe e avó do dedo verde, a gaúcha Jussara era apaixonada por violetas e orquídeas. "Tudo o que ela colocava a mão florescia: flores e pessoas, como fez conosco, seus filhos", contam Juliely e Juliano.

Professora dedicada e competente por mais de trinta anos, Jussara ainda encontrava tempo para distribuir amor e maravilhas ao esposo Jorge, aos três filhos: Lisandro, Juliano e Juliely, e também aos netos: Litiello, Giovana e Alice.

Fã de Roberto Carlos e de novelas, a espontânea Jussara sonhava com a aposentadoria para, segundo Juliely, "dormir bastante". Dona de casa caprichosa, cultivava afeto, carinho e harmonia na família, sempre junto às flores do quintal. "Mamãe fazia tudo para estarmos todos juntos o máximo possível. Foi uma mulher de fibra e de muita fé, lutou o bom combate", ressalta Juliano.

A professora aposentada era devota de Santa Júlia e, quando adoeceu, rogou junto aos filhos para que fosse feita "a vontade do Pai". "Agora vivemos de saudade, mas cheios de amor por ter tido esta mãe excepcional. Uma pessoa fantástica em nossas vidas, que deixa a marca do cuidado com toda a família".