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Laudemir Santana

1955 - 2020

Seu Super Lau se resumia em alegria.

Sempre com um chapéu velho, chinelos e roupinhas rasgadas, por onde passava Seu Super Lau era sinônimo de alegria. As roupas já gastas demonstravam a sabedoria de quem sabe viver com simplicidade e encontrar a felicidade nos pequenos momentos do dia-a-dia.

Foi caminhoneiro não só por ofício, mas também por amor. Entre os companheiros de profissão recebeu o apelido de Tatu. Adorava seu caminhão e dirigia pelas estradas do Brasil com muito orgulho. Essa paixão só não era maior do que a que tinha pelos quatro filhos. Criou todos com muito amor e por eles foi presenteado com quatro netinhos.

A sobrinha Keverllyn recorda com carinho as brincadeiras do tio. Conta que quando ele chegava em sua casa e ela lhe oferecia o jantar, ele, sempre muito engraçado, aceitava dizendo: “Você tá insistindo demais, o tio vai ter que aceitar essa janta, minha filha”. Era com essa leveza e alegria que Laudemir levava a vida, na qual tudo era motivo de felicidade. Até mesmo os áudios mais bobos de Whatsapp sempre geravam muita risada.

Após a partida de Laudemir, o lugar especial em que ele se reunia com a família todos os fins de semana ficou vazio. Sem suas risadas e conversas, os dias não são mais os mesmos. Contudo, seu exemplo de humildade, felicidade e alegria será eterno no coração de cada familiar e amigo.

Laudemir nasceu Em Paraúna (GO) e faleceu Em Rondonópolis (MT), aos 64 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela sobrinha de Laudemir, Keverllyn Granado de Barros. Este tributo foi apurado por Samara Lopes, editado por -, revisado por Daniel Schulze e moderado por Rayane Urani em 9 de agosto de 2020.