Lucimar Ferreira Cunha de Oliveira

1963 - 2021

Pintou de tudo com suas flores: colcha de cama, tapetes, panos de prato, lençóis e quadros.

Minha mãe era uma pessoa maravilhosa. Era alegre, mesmo nas dificuldades que a vida impunha. Dedicada e carinhosa com seus três filhos. Sempre fazia o que estava ao seu alcance para nos dar o melhor, preocupada com o nosso bem-estar.

Desde pequeno via sua dedicação para trazer o sustento da família junto com meu pai. Trabalhou na contabilidade de uma empresa de distribuição, foi professora de escola pública, microempresária com uma pequena loja de informática e teve uma franquia de casas lotéricas.

Guerreira, tinha como motivação a criação e educação dos seus filhos. Uma mãe eternamente exigente com os nossos estudos e com nosso caráter. Carinhosa, quando tinha oportunidade, sentava-se ao lado da cama e nos acordava com um beijo na testa dizendo: "bom dia, meu filho. Eu te amo". Quando quem falava primeiro éramos nós, ela respondia com um sorriso: "idem".

Uma filha carinhosa, dedicada, irmã protetora e uma esposa apaixonada. Amiga fenomenal frequentemente disposta a ajudar com mais do que podia oferecer. Era também uma aventureira. Adorava viajar, conhecer lugares e pessoas novas assim como ter experiências diferentes.

Era uma artista nata. Outra grande paixão. Amava artesanato com especialidades em bordado e pintura. Amava pintar flores, filhotes e bebês. As flores são as mais especiais. Estava a todo vapor, diariamente produzindo em seu ateliê. Virava as madrugadas pintando, bordando, pesquisando novos desenhos e novas técnicas.

Tinha um acervo gigante, o suficiente para estar em toda a casa. Onde se imaginar, além de suas pinturas, tinham revistas, rascunhos, tintas, pincéis, linhas, tecidos dos mais variados tamanhos, cores e texturas. Toda a casa tem suas marcas.