1967 - 2021
Estava sempre ajudando o próximo, caso visse alguém passando frio, tirava o seu agasalho e o oferecia a essa pessoa.
Carinhosamente apelidado de Broa, com seu jeitinho acolhedor, colecionou muitos amigos e distribuiu muitos conselhos.
Era um homem sábio, que viveu a Palavra de Deus e edificou a sua casa com os ensinamentos bíblicos. Seu Luiz amava Jesus – em cada uma de suas pulsações vibrava o amor que nutria pelo seu salvador e, por meio de seus gestos, expressou esse amor ao mundo. "Meu pai ajudou muito as pessoas, depois que ele se foi, estou descobrindo coisas que eu nem sabia, muita gente fala comigo que agradeceu pouco por tanta coisa que meu pai fez a elas" conta a filha Graziely.
Sua maior paixão era a cozinha, sonhava em ser chefe do seu próprio restaurante. Esse sonho ele realizou por meio das diversas ocasiões em que pôde servir a sua deliciosa comida, como nos acampamentos da igreja. Embora não tenha sido chefe do seu próprio restaurante conforme desejava, foi reconhecido como um por todos aqueles que experimentaram do seu tempero.
Conheceu Alcinea, o amor da sua vida, em um encontro da igreja e, envolvidos pelo romance, comunicavam-se por cartas. Ele era a broa e ela o pãozinho.
Companheiros durante trinta anos, um não fazia nada sem o outro, caminharam juntos com respeito e apreço. Foi ao lado dela que construiu uma linda família, com duas filhas: Graziely e Gabriela.
Seu Luiz se sentiu muito honrado quando conduziu a filha Graziely para o altar no dia de seu casamento. "Foi incrível ter ele ao meu lado, foi quem me deu força para chegar ao altar e foi quem me deu o lenço para enxugar minhas lagrimas", lembra a filha com carinho.
Era puxa-saco do genro Diego, que se tornou um grande amigo, em uma relação como de pai e filho.
Foi um homem extraordinário. Cozinhava muito bem, era um pai e marido amoroso, temente a Deus. Suas lembranças permanecem intactas na memória de todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo e serem abençoados por ele.
Luiz nasceu em Cachoeira Alegre (MG) e faleceu em Carangola (MG), aos 53 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Luiz, Graziely Justino Severino. Este texto foi apurado e escrito por Tayla Gomes de Souza, revisado por Luana Bernardes Maciel e moderado por Rayane Urani em 31 de maio de 2021.