Luiz Fernando Zanatta

1957 - 2021

Fernandinho não suportava a ideia de ver sua moto suja e dizia: “A "branca", não!”

Fernandinho, que nunca era chamado pelo nome de batismo, tinha uma empresa na cidade de Porto Alegre; tornou-se um líder que soube fazer dos colaboradores seus amigos e sempre foi reconhecido por isso.

Era um filho atencioso, carinhoso, responsável, devotado, especialmente à sua progenitora após o falecimento do pai. Um irmão parceiro, um tio engajado e um amigo para os filhos.

Amante dos animais, não suportava ver ou saber de maus tratos. Certa vez trouxe para seu apartamento uma cachorrinha dizendo: "É só por uns dias". E esses dias se transformaram em dez anos que tornaram Nikita o seu xodó.

Amante da Harley Davidson, curtia a liberdade sobre duas rodas. Os sábados eram sempre esperados com ansiedade, desde que a previsão do tempo não marcasse chuva.

Seus olhos brilhavam ao ligar a “branquela” e sair rodando pelas estradas, conforme conta Deise, sua companheira: “...E lá íamos para o café da manhã na Harley e depois o passeio com os amigos ou encontros no Posto Laçador com destinos mais longos. Gente, se felicidade tivesse um rosto, seria o dele!”

E ela conta sobre a grandiosidade da relação vivida entre os dois: “Fernandinho! Meu companheiro, meu amigo, meu irmão. Tive essa tríade em apenas um. Jamais conhecerei outra pessoa com o coração dele. Ele era a pureza de espírito. O Universo foi generoso comigo e me permitiu viver ao lado dele por vinte e sete anos. Deixou muitos corações doendo com a sua partida... continuará para sempre conosco, nosso Amor Fernandinho. Nos resta lembrar do sorriso, da alegria e da presença dele em nossas vidas. Ele vive em nós!”