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Manoel Raimundo de Sousa

1957 - 2021

Não abria mão de roupas coloridas, de um bom forró e da casa grande, barulhenta e cheia de afeto.

O itapipoquense Manoel Raimundo foi "pulso firme" com a vida, esteio para a família e avô sempre presente nas brincadeiras com os netos.

Apaixonado pela profissão, o mestre de obras Manoel Raimundo formou muitos trabalhadores do ramo da construção civil em Fortaleza (CE), para onde se mudou na juventude. "Todos o admiravam por sua responsabilidade e determinação", revela a neta Ana Lídia, que completa: "apenas a família era mais importante para ele do que o trabalho".

Foi casado por mais de quarenta anos com Jozina, e tiveram três filhos: Lidiane, Leiliane e Leonardo, que lhes deram cinco netos: Luiz Fernando, Ana Lídia, Jeferson e Layane. "Ele sempre foi um avô e um pai muito amoroso. Fazia questão de estar presente em todos os momentos de cada um dos seus familiares. Gostava de ver a casa cheia e aproveitava qualquer oportunidade pra fazer bagunça com os netos", conta Ana.

Manoel Raimundo exerceu papel muito importante em movimentos pastorais na singela Capela São João Batista, localizada no bairro do Aracapé. De acordo com a neta, ele encontrava tempo na rotina puxada para ajudar as pessoas que o procuravam, tanto por questões financeiras quanto por problemas emocionais. "Uma palavra, um conselho. Vovô tinha o coração imenso", afirma.

Cearense autêntico, reunia os três climas de sua terra natal na alma: era aberto como as praias, forte como as serras e resiliente como o sertão. "Ele foi sensacional em tudo o que fez e deixa muita saudade!", conclui a neta.

Manoel nasceu Itapipoca (CE) e faleceu Fortaleza (CE), aos 66 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela neta de Manoel, Ana Lídia de sousa. Este tributo foi apurado por Malu Marinho, editado por Luciana Assunção, revisado por Elias Lascoski e moderado por Rayane Urani em 19 de outubro de 2021.