Maria Amaral dos Santos

1948 - 2020

Sempre que conversava com alguém, alisava o ombro ou o cabelo da outra pessoa. Era sua mania, fazer carinho enquanto falava.

Maria, mais conhecida por Zita, teve cinco filhos e sete netos. Ficou viúva quando seu filho mais novo tinha três anos de idade e teve que criá-lo sozinha. “Foi bem difícil, mas ela tinha muita fé e uma força de vontade gigante”, conta a neta Thayse.

Dona de casa, gostava de cuidar com muito carinho das plantas que tinha. Amava cozinhar para os filhos e netos, e reunir toda a família na sua casa. Todos os domingos era tradição o encontro para o almoço. “Ela gostava de fazer tudo e a comida dela era maravilhosa. Todo mundo que a conheceu lembra dela por essa característica. O quanto tudo que ela fazia era gostoso. E era comum as pessoas dizerem que queriam ir na casa de dona Zita só para almoçar a comida dela”, Thayse recorda com muito carinho.

Na parte da tarde, ficava na calçada conversando com suas vizinhas que eram sua companhia depois do almoço.

“Todos os dias ela ligava pra todos os filhos e netos. Ela tinha muita fé em Deus, e era bonito de ver o quanto ela tinha esperanças de um futuro bom pra todos da família. O quanto ela se dedicava pra ver todos bem, sempre colocando Deus a frente. Deus era o centro da vida dela, depois os filhos e netos. Ela era feita de risos. Não tinha tristeza ou tempo ruim perto dela”, lembra a neta, ressaltando a fé e a alegria de sua avó.

“Ela era casa, aconchego, colo e proteção. Seu coração era lar. Acolhia a todos. Cuidava de todos com muito zelo, dedicação e amor. Com seu jeitinho espontâneo, fazendo todo mundo rir. O melhor dia da semana era o domingo, quando a gente se reunia na casa dela. E a maior lembrança era quando eu chegava e dizia: ‘benção vó?’ E ela respondia: ‘Deus te abençoe, te proteja e te faça muito feliz’", relembra Thayse.

Agora, Zita está junto de Deus. Lá do alto, iluminando e abençoando aqueles que a conheceram.