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Maria Ana de Almeida

1962 - 2020

Seu coração bondoso e seu otimismo jamais serão esquecidos.

Ninguém a conhecia por Maria Ana, mas sim, por Eliane. Foi desde sempre a Eliane. Aquela que preenchia todos os espaços com alegria e esperança.

Trazia um insistente sorriso no rosto. Mesmo com todas as dores que a vida lhe trouxe, nunca perdia a fé. Não guardava rancor e se doava pelo próximo.

Dona de uma humildade ímpar, colecionou verdadeiras amizades, histórias engraçadas e um jeito peculiar de falar. Brincava consigo mesma dizendo que tinha seu próprio dicionário. Mesmo assim, se fazia compreender facilmente. Era rápida e rasteira, transparente, de alma leve.

Amava os animais. "Empenhou-se em ajudar todos os que chegaram a nós", conta a filha Paloma. "E hoje, eles a procuram pela casa. Desde que ela se foi, estão mais silenciosos".

Era grata a Deus pelos filhos, pelo teto, pelo pão e "nós seremos eternamente gratos por tê-la esses anos. Pouco tempo, mas cada instante era o paraíso ao lado dela. Te amamos. Saudades sem fim", declara com amor e gratidão a filha Paloma.

Maria nasceu em Pedra Azul (MG) e faleceu em Ibirité (MG), aos 57 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Maria, Paloma de Almeida Amorim. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Marilza Ribeiro, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 28 de dezembro de 2020.