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Maria Aparecida Gavião Pacheco

1965 - 2020

Na hora de zelar pelo bem-estar dos filhos, era como uma onça protegendo os filhotes.

Maria Aparecida adorava ter a família por perto. “Somos em cinco irmãos e minha mãe queria nos ver sempre juntos, fosse no almoço de domingo ou nas conversas sobre a família e sobre a vida”, relata o filho Jhonatan.

Muito apegada à religião, frequentava a igreja todos os dias da semana. Jhonatan diz que a mãe procurava ajudar as pessoas das mais diversas formas possíveis: “Doava medicamentos, roupas e alimentos”.

O filho conta que Maria Aparecida enfrentou muitos sofrimentos: “Ela perdeu a mãe quando tinha apenas 12 anos, por isso, teve que viver de casa em casa. Chegou até a passar fome”.

Aos 16 anos, Maria Aparecida conheceu o marido e o casal permaneceu unido até quatro anos antes de sua partida: “Ela o amava demais”, conta o filho.

Muito trabalhadora, Maria Aparecida era dona de uma personalidade forte: “Era difícil tirar uma ideia da cabeça dela quando teimava com alguma coisa”, afirma o filho com saudades da mãe lutadora que sempre o protegeu e amou.

Maria nasceu em Canoas (RS) e faleceu em Canoas (RS), aos 54 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo filho de Maria, Jhonatan Gavião Pacheco. Este tributo foi apurado por Lila Gmeiner, editado por Renata Meffe, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 1 de março de 2021.