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Maria Aparecida Palmieri Dantas

1956 - 2020

Mãe dedicada e amiga afetuosa. O crochê e as conversas pelo WhatsApp eram seus passatempos favoritos.

Dona Nena, esposa, avó, tia, sogra; muitos papéis para uma só mulher. Assim era Maria Aparecida, uma pessoa virtuosa, amiga, a irmã da igreja. Crochê era seu passatempo favorito, além de assistir vídeos e conversar por mensagens com a família.

Durante a pandemia, não perdia um culto online da igreja que frequentava. Seu lar era uma casa de oração. O filho Ricardo conta que a mãe não gostava de falar sobre a vida de ninguém, e sempre ensinava aos filhos que deveriam ser assim como ela.

Perdeu o marido, José, em 2007. Apesar de passar por momentos difíceis, nunca perdeu a fé. E foi com uma linda declaração ao esposo que Maria deixou registrado seu amor em uma foto do casal com o texto: “Um dia estaremos juntos para sempre, meu amor”.

Maria também tinha uma forte relação com a irmã Vanda, com quem trocava carinhosas mensagens. Ricardo conta que as duas eram brincalhonas e, que em um dos últimos áudios enviados para a irmã através do aplicativo, com bom humor, ela recomendou que ambas se cuidassem para evitar a doença e seus riscos. Vanda se despediu da Maria pouco tempo depois.

Dois meses mais tarde, as irmãs se encontraram na eternidade. Maria partiu e deixou uma família inconsolável, uma igreja triste e amigos por toda a cidade de Araçatuba. Deixou também uma mensagem por meio de suas fotos, nas quais sempre aparece sorrindo, demonstrando que a fé e a esperança devem estar presentes mesmo em tempos difíceis.

Maria nasceu em Bilac (SP) e faleceu em Araçatuba (SP), aos 64 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo filho de Maria, Ricardo Dantas. Este texto foi apurado e escrito por Gabriel Rodrigues, revisado por Luana Bernardes Maciel e moderado por Rayane Urani em 29 de abril de 2021.